Foi depois que a luz passou
E o calor nos assolou
Depois do grito no escuro, assombrado, primevo até
Foi quando então, numa onda, a morte
Desintegrante e por vezes feliz
Passou por mim, eu segurei sua mão
Colei seu seio de encontro a mim
Num gesto de proteção
Olhei pro céu que brilhante me gritava
Que me escondesse, feri a vista na beleza
Do fim que nos aproximava
Quando o calor do beijo seu, que procurando o meu
Parecia pedir perdão pelo egoísmo
E eu que até aí me achava muito ruim
Chorei, chorei de amor pela humanidade
É, o imenso gozo dos titãs
De aço e cabos de meadas infindáveis
De crianças tristes
Risos que soam depois do fim
E eu não sei que fim levou o meu
Risos . . .