Era um, era dois, era cem
Era o mundo chegando e ninguém
Que soubesse que eu sou violeiro
Que me desse o amor ou dinheiro
Era um, era dois, era cem
Vieram prá me perguntar:
„Ô voce, de onde vai, de onde vem?
Diga logo o que tem
Prá contar!“
Parado no meio do mundo
Senti chegar meu momento
Olhei pro mundo e nem via
Nem sombra, nem sol, nem vento
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Prá cantar!
Era um dia, era claro, quase meio
Era um canto falado sem ponteio
Violência, viola, violeiro
Era morte redor, mundo inteiro
Era um dia, era claro, quase meio
Tinha um que jurou me quebrar
Mas não lembro de dor nem receio
Só sabia das ondas do mar
Jogaram a viola no mundo
Mas fui lá no fundo buscar
Se eu tomo a viola ponteio!
Meu canto não posso parar
Não!
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Era um, era dois, era cem
Era um dia, era claro, quase meio
Encerrar meu cantar já convém
Prometendo um novo ponteio
Certo dia que sei por inteiro
Eu espero não vá demorar
Esse dia estou certo que vem
Digo logo o que vim prá buscar
Correndo no meio do mundo
Não deixo a viola de lado
Vou ver o tempo mudado
E um novo lugar prá cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Lá, láia, láia, láia
Lá, láia, láia, láia
Lá, láia, láia, láia
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Prá cantar
Pontiar!
Prá cantar
Pontiar!
Prá cantar
Pontiar!
Prá cantar
Pontiar!
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá Cantar!